domingo, 8 de abril de 2018

Os outros jogos da capital em um dia de final

Pacaembu recebeu jogo no mesmo horário que decisão do Paulistão ocorria

Menos de 40 pessoas presentes no Pacaembu em jogo simultâneo à final do Campeonato Paulista
 Por: André Carlos Zorzi

Às 16 horas do dia 8 de abril, Palmeiras e Corinthians se enfrentaram pela grande final do Paulistão 2018. E a bola rolou no estádio do Pacaembu.

Você não leu errado – a final foi disputada no Allianz Parque. Porém, ao mesmo tempo em que era dado o apito inicial na decisão, começava o segundo tempo de Centro Olímpico x Taubaté, válido pela 3ª rodada do Campeonato Paulista Feminino deste ano.

Enquanto todos os olhares estavam voltados para o clássico, a casa mais tradicional do futebol paulistano recebia uma partida de futebol, iniciada às 15h. Além disso, no decorrer do dia, mais duas outras ainda foram disputadas na cidade.

Foto tirada pouco depois de o Corinthians abrir o placar no Allianz Parque

Centro Olímpico 1 x 4 Taubaté
Nem parecia dia de jogo no Pacaembu. Ruas vazias e diversos vagas livres para estacionar automóveis na região. Os portões do estádio estavam fechado até cerca de 45 minutos antes do horário marcado para a peleja.

Na arquibancada, o público era inferior a 40 pessoas. A impressão que dava era de que eu e meus amigos Fernando (Jogos Perdidos), Mario e Milton éramos os únicos no local que não tinham algum familiar em campo, ou vínculo com os clubes ou a Federação Paulista.

Quem esteve lá assistiu a um passeio do Taubaté na etapa inicial. 4 x 0 com direito a um belo gol – e poderia ser mais, com a equipe perdendo outras chances de marcar. 

Estádio do Pacaembu alguns minutos antes do jogo (clique para ampliar)

As donas da casa tiveram uma ou duas boas oportunidades de gol. Apesar disso, o jogo estava bem movimentado.

No segundo tempo, a equipe do Taubaté ‘tirou o pé’. O Centro Olímpico cresceu em campo e chegou ao seu gol de honra. Depois disso, poucas emoções surgiram até o apito final.

Curiosamente, a equipe de policiamento responsável pela revista no jogo era a mesma que estava em outra partida na capital, ocorrida às 10 da manhã, na Rua Javari. 

“Vocês tiraram o dia só pra ver jogo?”, perguntou, rindo, um deles, quando nos reconheceu.

Barcelona 0 x 0 Mauá F. C.
Rua Javari não viu um de seus melhores dias
O dia foi histórico para a equipe visitante, que fez seu primeiro jogo válido por uma competição profissional.

Além disso, ele também marcou a estreia do ‘sétimo time’ da capital paulista na quarta divisão estadual (chamada oficialmente de Série B) deste ano.

O que se viu em campo, porém, não foi nada animador. Um jogo muito feio, com pouquíssimas chances de gol criadas, e que não foi merecedor das palmas ao seu término.

 Delegação do primeiro jogo da história profissional do Mauá F.C.

À exceção de um cabeceio próximo à meta (em lance que já estava impedido) no primeiro tempo, é difícil de lembrar algum outro momento em que a torcida tenha gritado “UH!”. Em duas ocasiões, a bola foi isolada para fora do estádio.

Ônibus que trouxe o time do Mauá à capital, estacionado em frente ao estádio - o dos torcedores estava logo atrás
A torcida visitante aparentava estar em maior número no estádio, o que pode ser explicado pelo ônibus gratuito disponibilizado pela diretoria do Mauá.

Portuguesa 1 x 4 São José
Também válido pelo campeonato feminino, a derrota lusitana foi mais um jogo ocorrido na capital no mesmo dia da final, às 10h30, no Canindé.
Neste caso, porém, eu não pude estar presente.

* Todas as imagens desta publicação foram tiradas por André Carlos Zorzi.